quinta-feira, 21 de abril de 2016

Emagrecer Com Óleos Essenciais? Dicas Úteis

Indicar um óleo essencial para emagrecer pode parecer uma tarefa muito simples, já que vários deles têm essa capacidade.
Poderia aqui dar algumas dicas, como o óleo de limão, óleo de laranja doce e alguns tantos mais. Poderia inclusive dar fórmulas termogênicas, cremes drenantes e outras coisas incríveis. Entretanto, quando se trata de um sintoma, como é o caso da gordura, precisamos investigar a causa, para então combatê-la de forma adequada. 
É o mesmo caso de você ter dito que tem dores de cabeça, e receber indicação de  vários tipos de analgésico. Você poderia tomá-los, a dor de cabeça ceder, para mais tarde, alguns dias ou mesmo semanas, voltar. Nesse caso, você só teria bloqueado os receptores da dor através dos analgésicos. Descubra a causa, combata-a e o assunto fica resolvido.
Se você quer emagrecer, aliás, talvez como quase a totalidade dos habitantes do planeta, e acredita que um óleo essencial, ou uma sinergia deles o poderia ajudar, lamento informar que isso somente será possível se você se empenhar em descobrir qual a origem da gordura e se comprometer consigo mesmo para combatê-la.
Precisará responder a uma infinidade de perguntas sobre seus hábitos, alimentação, estado de humor, medicação, caso faça uso de alguma. Olhar atentamente para seu momento de vida, temperamento, fazer uma análise de suas escolhas, dentre outras coisas, até que se possa chegar a uma conclusão da causa.
Ali chegando, sim, o profissional de aromaterapia responsável poderá lhe ajudar a se comprometer com o processo de emagrecimento com uma fórmula adequada ao seu caso, dentre outros aconselhamentos que um bom profissional certamente poderá lhe dar. Este é um ponto.

Dou-me ao trabalho de responder aos inúmeros pedidos de dicas com tantas letras, por um motivo muito simples – responsabilidade. Nos preocupa a quantidade de pessoas com problemas causados pelo uso de óleos essenciais indicados pelo vizinho, pelo amigo, ou “pela internet”, pois as pessoas utilizam quantidades absurdas e ainda de óleos que não seriam indicados para aquele caso específico. Temos visto barbaridades. Seria tão fácil ir direto ao ponto...!

Assim, peço que procurem aromaterapeutas profissionais em sua região que realmente possam lhes atender como indivíduos únicos que são, pois a utilização de um óleo essencial inadequado, pode causar tanto mal quanto um remédio errado.

Aliás, outro ponto importante, já aproveitando a oportunidade, chamo a atenção daqueles que pretendem se profissionalizar no assunto,  que a melhor dica que posso dar é consultar-se com seu professor na qualidade de cliente/profissional;  não peçam dicas em sala de aula para seus casos específicos. Cada caso é particular. E quando vocês mesmos começarem a trabalhar com os óleos essenciais, lembrem-se que investiram tempo e dinheiro para aprender, e que dicas podem funcionar muito bem para uns, e para outros, podem vir a ser um verdadeiro desastre. Não somos iguais, é simples.

 Mas deixo, eu mesma outras dicas: leiam muito e participem de grupos, fóruns, participem de vários workshops com professores diferentes, para formarem-se com segurança e troquem ideias com as pessoas, mas não indiquem o.e.s sem conhecer o caso e o indivíduo de perto. Valorize o profissional e ao seu corpo, ambos são sagrados!

Boa Sorte!


quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Dia do Silêncio

Vivemos numa civilização onde há excesso de barulhos, e por consequência, tivemos que aumentar o  tom de nossa própria voz de forma bastante considerável.  Este é um dos motivos que fazem sentido, pois quanto mais alto o barulho em volta, mais alto temos que falar. É claro que eu faço o contrário. Quer me ouvir, abaixe o rádio, a televisão... 

É claro que temos que levar em conta que falar alto pode ser um sintoma de ansiedade ou até de insegurança... sim, por medo de não serem ouvidas, muitas pessoas falam alto e rápido.

Existem outras razões também, certamente. Pessoas que falam desta forma e precisam sempre se cercar de pessoas, numa tentativa de "não solidão", que não se resolve e só potencializa o sintoma.

 Estas pessoas mesmo sozinhas,  ligam a televisão só para terem a sensação de companhia. Precisam de barulho. Lamentável, mas comum e verdadeiro. Uma versão mais saudável e terapêutica seria ouvir música. Ah... adivinha que tipo de música ela vai ouvir? Aposto que nada que acalme. Música light as deixa nervosas.

Isto ocorre com mais frequência do que gostaríamos. Em um dia comum, a pessoa pega um taxi, por exemplo. Ela entra e cumprimenta o motorista educadamente. Ele fala do engarrafamento, você responde monossilabicamente só pra não deixar o sujeito no vácuo. Ele percebe? Não. O rádio está falando alto em uma sessão tortura auditiva - contando todas as mazelas e coisas ruins que acontecem.

Ele comenta. Momento respirar fundo e dizer que não costuma ouvir esse tipo de noticiário para não ficar sob o efeito energético e não começar o dia triste. Como se nada tivesse ouvido, ele conta casos e dá opiniões sobre o governo, o desgoverno, fala da mulher e dos filhos. Pronto,  você está diante de um drama: avisa a ele quanto será a sua consulta, ou desce do taxi. Como você não quer ficar no meio do caminho, tampouco piorar um pouquinho o dia do sujeito, acaba falando com ele, mudando de assunto, tentando levantar o astral. Ok, quando você chega ao destino, já está cansada, pode voltar pra casa.

Enquanto isso, o tempo passa, você chega ao consultório do seu médico. Lá tem uma bendita televisão aos berros, ninguém vendo, pacientes totalmente sem paciência, falando pelos cotovelos, recepcionistas falando ao telefone em voz alta. Claro, tanto barulho, o tom de voz sobe automaticamente.

O paciente do lado, sem a menor cerimônia pergunta qual é o seu problema. Você educadamente diz que está bem. Ele se conformou? Coisa nenhuma! "O Dr. Fulano é ótimo, está tratando da minha..."  conta suas doenças e sofrimentos, apesar de você estar dentro da sala de espera com óculos de sol e fones de ouvido. As pessoas não sabem ler sinais óbvios.

Penso em me libertar e fazer um curso de grosseria. Nem isso daria certo, à essa altura estou dando conselhos, mandando a pessoa ter fé, ensinando um chazinho, indicando óleos essenciais,  indicando que faça meditação, e mandando orações pelo whatsapp. 

Saio da consulta de bom humor e acho que mereço almoçar em um lugar legal. Nada de ostentação, mas uma comidinha simpática. Chego no restaurante, que não tem televisão - me recuso a entrar em restaurantes com tv - sento, e eis que me entra um bando de senhorinhas simpáticas e alegres até demais para o meu gosto e ouvidos sensíveis - contavam a saga da escola onde dão aulas, pelo menos tentam dar. Falam o nome da escola, da diretora, de colegas, e de repente você ouve um nome e sobrenome. As pessoas estavam abrindo a sessão malhação de Judas. À essa altura, a minha vontade de ir embora transformou-se em outra e quando vi já estava diante da mesa das respeitáveis professoras.

Voz controlada, sorriso forçado, mas não aguentei e disse: "Me perdoem a intromissão, mas a Fulana é minha amiga de infância, minha vizinha, e se vocês a veem desta forma, se o caso é tão grave assim, pergunto a vocês, já falaram com ela a respeito, ou sorriem e conversam como se gostassem dela? Vocês são o quê mesmo? Educadoras? Que lamentável!"

A verdade é que não conhecia a pessoa em questão, mas fiquei indignada com a qualidade de seres humanos que está se instaurando e piorando vertiginosamente no mundo. Professoras mal educadas falando alto e mal das vida dos outros, sem contar o fato de citar nomes. Se falavam de alunos? Sim, falavam mal, claro!

Que fique bem claro que não estou falando da classe - eu sou professora também, mas se tiver que comentar sobre pessoas falo baixo e não cito nomes, pelo menos. rsrrs

Fiz isso e quase saí correndo do restaurante morrendo de medo daquele bando, sim... pela falta de educação e comportamento, era um bando e não um grupo de professoras. Chamei o garçom e disse que lamentava, mas precisava me retirar.

Agradeci a Deus que elas ficaram paralisadas me olhando enquanto eu saía às pressas morrendo de medo. Esse meu lado ariano é engraçado, faço as coisas num ímpeto e depois morro de medo das consequências. Ufa, deu tudo certo!

Outro táxi até chegar em casa e já entrei dizendo com voz mansa: "O senhor pode me levar em tal rua? Vou fechar os olhos um pouquinho porque estou cansada. Posso lhe pedir uma grande gentileza? Seria possível desligar o rádio? Estou com um pouco de dor de cabeça. bom trajeto para nós!"

O sujeito me falou para tomar cuidado porque poderia ser gripe ou dengue. Nesse momento eu nem precisei do curso de grosseria: "Senhor, eu gostaria de pensar um pouco em silêncio e lhe agradeço se não conversarmos". Me senti péssima, pois sei que não é só falta de noção, é solidão e carência.

Enfim, cheguei em casa e avisei: “estou bem, correu tudo certo, mas agora vocês só ouvirão minha voz amanhã. Preciso pensar.”

Ainda bem que a família me conhece e sabe que isto não é estranho, como dizem, “sou peculiar”.

Ainda bem, não estou nesse fluxo de não pensar, não refletir, na realidade seria a palavra correta.

Enfim, só o barulhinho do ar condicionado, porta fechada, sem barulho de buzinas, TV, radio, agradeci por não ter que estar em um shopping na praça de alimentação...

A todos os meus clientes indico “a manhã”, podendo ser tarde ou noite do silêncio. Nesse momento você ouve Deus dentro de você, se conhece melhor, tem respostas às mais difíceis questões e aprende a se fazer boa companhia. É um excelente exercício. Eu recomendo!